Mieloma múltiplo: você já ouviu falar? Hoje eu vou te explicar mais sobre essa doença que ainda traz confusão para muitos pacientes. Confira!
Vou começar explicando o que é a medula óssea:
A medula é a “fábrica do sangue”, é um tecido esponjoso que fica dentro dos ossos e muitas vezes é popularmente chamado de tutano. O papel da medula para nós é fundamental, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas.
Pois é. O mieloma é o câncer que atinge justamente a medula, mas que é chamado de “múltiplo” porque pode afetar outras áreas do corpo (coluna vertebral, pélvis, braços e/ou pernas).
Mais comum em homens acima de 60 anos, podemos afirmar que é uma doença extremamente rara em crianças, embora possa ocorrer em pacientes mais jovens. Abaixo dos 20 anos a doença é extremamente rara, com poucos casos descritos em todo o mundo.
Como a doença se inicia?
Para entender melhor o mieloma múltiplo, vamos entender que a doença começa quando as células (plasmócitos) nascem doentes e se reproduzem rapidamente, acumulam-se na medula óssea e impedem que células saudáveis se desenvolvam. Esses plasmócitos produzem um anticorpo anormal, que é chamado de proteína M. Porém, também existe o chamado mieloma múltiplo não-secretor, que é aquele onde não há a secreção da proteína M.
Por estar localizada nos ossos, a doença também pode ser conhecida como uma doença óssea.
Você deve estar se perguntando quais os sintomas do mieloma múltiplo, certo? Existe o tipo da doença que apresenta sintomas e o tipo sem sintomas (ou seja, assintomático).
Os sintomas mais comuns quando a doença já está um pouco avançada são:
fortes dores ósseas
fraqueza
fraturas
fadiga (devido a uma possível anemia)
infecções recorrentes
demora na recuperação de infecções
Alterações na urina
Como diagnosticar o mieloma?
Infelizmente ainda é difícil determinar um fator que seja a causa do mieloma múltiplo, mas sabemos como diagnosticá-lo para iniciar o melhor tratamento e oferecer chances de cura ao paciente.
Geralmente os exames são solicitados quando o paciente chega ao consultório com um ou mais sintomas que citei um pouco antes no texto.
Os exames são:
Biópsia da medula óssea: Importante para conseguir fazer a contagem de células do mieloma na medula óssea;
Hemograma completo: avalia anemia, contagem de glóbulos brancos e plaquetas;
Eletroforese de proteínas, para avaliar a proteína M;
Teste de urina;
Outros exames de sangue para avaliar o estágio da doença.
Também existem os exames ósseos:
Radiografia
Ressonância Magnética
Tomografia
A doença possui alguns estágios, que são determinados de acordo com o valor de hemoglobina, albumina, beta-2-microglobulina, valor de cálcio sérico, taxa de proteína M e estrutura óssea.
Tratando o mieloma múltiplo:
Quando iniciamos o tratamento do mieloma múltiplo, o principal objetivo é o controle da doença, já que não existe cura. Mas devemos pensar também na qualidade de vida do paciente e em não comprometer outras áreas como coração e rins.
O tratamento pode incluir:
Quimioterapia
Hemodiálise (quando os rins já estão comprometidos)
Cirurgias para correções ósseas que possam estar comprometendo a qualidade de vida do paciente
Radioterapia para controle de dor e diminuir o risco de fratura
Transplante de medula óssea
Posteriormente, fazemos o tratamento de manutenção com a administração de alguns medicamentos que serão definidos pelo hematologista.
O mais importante é descobrir a doença em seu estágio inicial. É por isso que ao surgirem sintomas, um médico de confiança deve ser consultado.
Se você sentir que precisa se consultar com um hematologista para garantir que está tudo bem com sua saúde, agende uma consulta!
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