O que é Anemia de Doença Crônica?

Você já ouviu falar em anemia de doença crônica (ADC)? Esse é um tipo de anemia que ainda não trouxe aqui para vocês, mas que é muito importante saber quando pode acontecer. Olha só!

A anemia de doença crônica aparece em alguns pacientes com doenças infecciosas, inflamatórias ou neoplásicas (cânceres). Nestes pacientes o corpo tem um estado de inflamação constante que altera o seu funcionamento, influenciando por exemplo a disponibilidade do ferro. É como se tivesse ferro suficiente no corpo, mas a gente não conseguisse utilizar ele. Outra alteração é na produção e ação dos hormônios que estimulam a produção dos glóbulos vermelhos, fator que também contribui para a anemia. E por último a própria vida útil das células vermelhas que acaba diminuindo por este estado alterado do corpo.

Apesar de poder aparecer em pacientes de qualquer idade, a maior parte dos diagnósticos de ADC são vistos em pacientes com mais de 65 anos. Algumas das principais principais doenças “iniciais” que podem estar relacionadas à ADC são: tuberculose, abcesso pulmonar, pneumonia, endocardite, miocardite, meningite, infecção pelo HIV, artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, Doença de Crohn, Linfoma, Mieloma Múltiplo e Carcinomas.

Como você pode ver, são várias doenças que podem deixar o paciente anêmico. Por isso é tão importante que com o diagnóstico dessas patologias, um hematologista seja consultado para junto ao especialista, fazer o acompanhamento.

Quanto aos sintomas, a ADC é uma anemia silenciosa. O paciente deve estar atento principalmente aos sintomas da sua doença de base. Para o diagnóstico, o principal exame é o hemograma (exame de sangue) que mostrará uma anemia de células de tamanho normal ou diminuído (normocítica/microcítica) e “cor” normal ou “mais clara” (normocrônica/hipocrômica). O médico então irá solicitar exames complementares como o perfil de ferro para investigação, em que as principais alterações serão: ferro sérico reduzido, TIBC reduzido, índice de saturação de transferrina normal ou discretamente reduzido e ferritina elevada (principal diferenciação da anemia ferropriva).

Como este tipo de anemia costuma ser de leve à moderado, o principal tratamento é justamente tratar a doença que levou o paciente ao quadro anêmico. Por exemplo: se a doença de base é a tuberculose, o foco deve ser tratar essa doença para consequentemente tratar a anemia.

O diagnóstico da anemia de doença crônica é difícil pois na maior parte das vezes é de exclusão: afasta-se a falta de ferro, doenças como Sìndrome Mielodisplásica. Anemia Sideroblástica e então fechamos o diagnóstico de anemia de doença crônica. Pela complexidade do diagnóstico correto é muito importante o acompanhamento com hematologista nessas situações.

E aí? Aprendemos algo novo hoje? Espero que sim! Se tiver dúvidas ou sugestões manda pra cá que eu ficarei feliz em responder. 😉

Doutora Suelen Stallbaum é hematologista (CRM-PR 30829) e atende em Londrina e Apucarana. Para consultas em Londrina ligue para (43) 3722-500. Em Apucarana (43) 3422-0836. WhatsApp apenas para agendamento: (43) 99187-9191.

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