Estima-se hoje, que cerca de meio bilhão de pessoas no mundo são acometidas por algum tipo de anemia. De uma forma geral, essa condição é decorrente de alterações na produção de hemácias (glóbulos vermelhos) em nosso organismo, causando redução no número de glóbulos vermelhos no sangue ou alterações morfológicas nessas células.
Entretanto, as causas para a doença são inúmeras e provenientes da carência de diferentes nutrientes e defeitos até mesmo na própria medula óssea. Quando falamos de anemia carencial mista, nos referimos a associação de mais de um tipo de anemia: deficiência de ferro e vitamina B12 associadas. Vamos entender melhor adiante!
O que é anemia?
Nosso sangue é composto basicamente por três tipos de células:
Glóbulos brancos ou linfócitos: responsáveis pela defesa do nosso organismo;
Glóbulos vermelhos ou hemácias: compostas pela proteína hemoglobina e têm função de transportar oxigênio no organismo;
Plaquetas: coagulante do sangue.
Há uma estimativa de que as hemácias duram cerca de três meses e, assim, a medula óssea trabalha continuamente para a produção e reposição dessas células.
A anemia acontece quando há algum tipo de deficiência ou alteração na reprodução dessas células que são causadas pela falta de algum elemento essencial; ou são decorrentes de outras complicações mais
graves. Para a síntese da hemoglobina, proteína constituinte da hemácia, é necessário ferro, ácido fólico e vitamina B12. Em sua ausência, as hemácias passam a se tornar defeituosas e ter sua função comprometida.
Quais os sintomas?
Como o transporte de oxigênio fica comprometido com a anemia, os principais sintomas são:
Fraqueza ou cansaço
Fadiga
Desmaios
Apatia
Falta de ar
Falta de apetite
Mas as causas da doença são diversas e o resultado são diferentes tipos de anemia.
Quais os tipos de anemia?
A maior parte das anemias geralmente são desencadeadas pela carência de nutrientes, como é o caso da anemia ferropriva e da anemia megaloblástica. Mas existem outras causas como as anemias hereditárias, anemias secundárias a outras doenças e defeitos primários da medula óssea.
Anemia ferropriva
A anemia ferropriva é o tipo mais comum de anemia, responsável por quase 90% de todos os casos de anemia, sendo considera uma questão de saúde pública.
Essa tipologia acontece pela carência do ferro no organismo. A principal causa é sangramento crônico, como em pessoas com hemorragias intestinais, infestação por parasitas ou até mesmo menstruação aumentada. Mas também pode ocorrer pela alimentação desequilibrada e escassa de ferro ou pessoas com dificuldade de absorção de ferro, como pessoas com doença celíaca.
Anemia Megaloblástica
A anemia megaloblástica é o defeito na síntese de DNA durante a produção das hemácias, ocorrendo um desequilíbrio entre o crescimento e sua divisão celular. O resultado disso são células desproporcionais e não funcionais no sangue. Esse tipo de anemia acontece quando há carência de ingestão ou absorção de ácido fólico e vitamina B12, acontecendo de maneira lenta e progressiva. Gastrites, por exemplo, são causas relativamente comuns que atrapalham a absorção desse nutriente essencial para a formação das hemácias.
Gestantes também devem ficar atentas ao nível de ácido fólico, pois durante a gestação as necessidade desse nutriente é maior.
Anemia Carencial Mista
A anemia carencial mista é quando há a carência de ferro, de ácido fólico ou também da vitamina B12 associados. Nesse cenários, é diagnosticado mais de uma causa e pelo menos dois tipos de nutrientes em falta, exigindo um tratamento específico para suprir a carência de cada um dos nutrientes e tratar as doenças. Então vamos entender como é feito o diagnóstico para identificar a anemia carencial mista.
Como é feito o diagnóstico?
Para identificar a anemia e suas causas, é necessário fazer uma anamnese completa do paciente com o acompanhamento médico. O hemograma é o exame mais básico para identificação do número e condições das hemácias no sangue.
Confirmada a anemia, o médico irá solicitar a dosagem das vitaminas (Ferro, Vitamina B12 e Ácido fólico) para verificar se estão faltando. Se confirmada a falta desses nutrientes deve-se prosseguir a investigação com exames de imagem para identificar o motivo da falta das vitaminas.
Não há necessidade de investigação de medula óssea no processo de investigação de anemias carenciais mistas.
Qual o tratamento para a anemia carencial mista?
O tratamento se baseia na suplementação mista desses nutrientes em carência. Entretanto, é necessário ressaltar que se a carência for decorrente da má absorção pelo organismo ou de outras doenças, é essencial que haja tratamento diferenciado para a causa do problema.
Por isso a importância em se consultar um médico especialista e fazer uma investigação profunda das causas da anemia. Os suplementos podem ser via oral ou injetável, dependendo o grau da anemia e do paciente.
Apesar da anemia ser uma doença recorrente, muitas vezes ela vem vinculada a outros problemas e pode levar a complicações mais graves a longo prazo. Em casos mais leves, uma reeducação alimentar pode elevar os níveis de ferro, ácido fólico e vitamina B12 para amenizar a anemia carencial mista. Se possuir alguma dúvida ou suspeita a respeito da anemia, procure orientação de um médico hematologista.
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