Lembra há um tempo atrás quando te expliquei sobre células-tronco? Se você não lembra, vou te ajudar a entender o que são elas, porque isso é fundamental para entender o assunto de hoje: a mielofibrose, um tipo de câncer no sangue.
As células-tronco, tão famosas no nome, se encontram na medula óssea (também já comentei sobre ela por aqui!) e são responsáveis por gerar todo sangue. Quando há uma falha na medula óssea e precisamos realizar um transplante, são as células-tronco que são substituídas, para poderem voltar a produzir sangue.
Mas o que isso tem a ver com a tal Mielofibrose?
A mielofibrose é justamente um câncer que surge por conta do mal funcionamento das células-tronco. Nós temos vários tipos de células tronco. Na medula óssea existe um tipo de célula tronco responsável por dar origem às plaquetas. Alguma mutação acontece nessas células e elas passam a produzir fatores de crescimento anormais que geram fibrose (uma espécie de cicatriz) na medula que começa a tomar o lugar da produção das células tronco normais. Com isso a medula vai sendo inteira substituída por essa cicatriz, não consegue mais produzir as células normais e acaba falindo.
Classificamos essa doença entre as mieloproliferativas (ou seja, doenças que causam proliferação anormal na medula óssea), que são as que têm início na medula óssea.
Metade dos pacientes apresentam uma mutação no gene JAK2, e outros podem apresentar outras mutações ou até mesmo nenhuma mutação, mas a doença não é hereditária. (fonte: http://abrale.org.br/mielofibrose/o-que-e-mielofibrose)
A Mielofibrose pode ser primária ou secundária.
Primária: Sem outras doenças de medula prévias
Secundária: Quando está relacionada à outras doenças hematológicas, como a trombocitemia essencial.
Alguns casos são assintomáticos, mas os principais sintomas da doença incluem:
Baço aumentado (um dos principais pontos de suspeita)
Sinais de anemia
Febre
Mal-estar geral
Como os sintomas não são específicos da doença e sim comuns em outras patologias, o diagnóstico é feito com base em um hemograma e esfregaço sanguíneo, exame de diagnóstico da medula óssea, para verificar alterações e também investigação de possíveis mutações nos genes JAK2, CALR e MPL.
Confirmada a doença, o tratamento consiste em aliviar os sintomas do paciente e apenas um transplante de medula-óssea pode trazer a cura.
A mielofibrose é vista com maior frequência em pacientes a partir de 50 anos, sendo bem rara em crianças e jovens.
O ideal para diagnosticar a doença em seu estágio inicial é observar sintomas e fazer consultas periódicas com seu médico de confiança. Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários! Para agendar uma consulta comigo, em Londrina ligue para (43) 3372-2500 ou (43) 3422-0836 em Apucarana. WhatsApp apenas para agendamento: (43) 99187-9191.