Quando falamos em leucemia, a primeira coisa que precisamos esclarecer é que não existe apenas um tipo da doença. Na verdade, são mais de 12 tipos diferentes, mas os quatro principais, são:
Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Leucemia Linfocítica Aguda (LLA)
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)
E hoje quero trazer 3 informações importantes sobre a Leucemia Linfocítica Crônica, também chamada de LLC, mais comum em adultos acima dos 50 anos.
1. Atinge os linfócitos-B
As leucemias crônicas são aquelas em que as células do sangue ficam maduras, mas de forma descontrolada e com células doentes. Cada tipo de leucemia pode se caracterizar por atingir um tipo de célula sanguínea específica.
No caso da LLC, o erro genético está nos linfócitos-B, responsáveis por combater possíveis invasores no organismo, por meio da produção de anticorpos. Com a alteração genética que resulta na reprodução desordenada das células, há acúmulo desses linfócitos-B na medula óssea.
2. Nem sempre é necessário tratamento
A doença é uma das poucas dentro da hematologia que muitas vezes não é necessário tratamento.
Porém, cada caso é individual e somente com exames e avaliação do hematologista será possível determinar qual linha será seguida. Além disso, com o passar do tempo pode ser preciso mudar a conduta.
Quando a doença é sintomática, os pacientes da LLC podem apresentam:
Fadiga
Sudorese noturna
Anemia
Aumento rápido do número de leucócitos
Alterações no hemograma como anemia e plaquetas baixas
O diagnóstico é feito primeiramente solicitando um hemograma. Quando há linfocitose absoluta e persistente (número de linfócitos no sangue superior a 5000/mc), já temos um motivo para suspeitar da LLC. Nesses casos devemos solicitar o exame confirmatório da doença chamado Imunofenotipagem de sangue periférico.
Hoje em dia não é mais necessária biópsia de medula para fazer o diagnóstico da doença, ok?
3. A doença não tem cura
A Leucemia Linfocítica Crônica não tem cura. Uma informação bastante importante é que nós médicos precisamos avaliar todo quadro do paciente antes de iniciar um tratamento. Como a LLC é mais comum em idosos, sendo 70 anos a idade média dos diagnósticos, precisamos colocar na balança os benefícios e efeitos colaterais de cada intervenção.
O tratamento, quando necessário, pode ser feito por medicações imunoterápicas na maioria das vezes e associação com quimioterapia convencional em alguns casos. E hoje em dia já temos várias opções de tratamento oral para LLC como Ibrutinib e Venetoclax. Além do tratamento específico, transfusões de sangue para pacientes com anemia grave e principalmente cuidado e tratamento com infecções de repetição também são recomendados.
O prognóstico da doença costuma ser bom e podemos encontrar pacientes que há muitos anos convivem com a doença. No entanto também temos os casos em que a leucemia se transforma em um linfoma de alto grau, mas isso é conversa para outro dia…
Você já sabia sobre essas informações? Me conte nos comentários qual outra doença dentro da hematologia você gostaria de entender.
Dra. Suelen Stallbaum⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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